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Concurso - Mobiliário Urbano

Categoria - Concurso de idéias

ANO - 2016

LOCAL - São Paulo - SP

(Projeto feito em parceria com os arquitetos Mona Singal e Rafael Zalc)

 

MOBILIÁRIO URBANO (PREFEITURA DE SÃO PAULO)

 

DUAS ESCALAS DISTINTAS

    O desafio lançado pelo concurso é que se desenvolvam nove categorias de mobiliário urbano para a cidade se São Paulo, mas o que está concomitantemente e verdadeiramente em jogo é a criação de uma identidade, onde a população possa reconhecer como parte da cidade e se apropriar desses elementos. Eles devem ser criados de forma a dar continuidade à dinâmica paulistana e não serem impostos como peças autônomas na metrópole. São duas escalas diferentes, que precisam estar articuladas, pressupondo um diálogo e a convivência.
    Calçadas, ruas, praças e parques são considerados os principais espaços públicos dentro da cidade. Nas calçadas ocorrem a integração e convivência de uma sociedade, sendo as pessoas as principais protagonistas do uso e ocupação delas.
    A cidade de São Paulo tem inúmeros desenhos de calçadas, que são executados com diversos materiais, os quais refletem a história e a evolução dos espaços urbanos. Incorporados aos passeios públicos, atrela-se novos conceitos de mobiliários e de acessibilidade, que complementam o uso de circulação e de pontos de encontro das pessoas.
    Dentro desse contexto, é possível reconhecer o desenho desenvolvido por Mirthes dos Santos Pinto, em 1966, proveniente de um concurso público do prefeito Faria Lima, cujo desenho representa as raízes marcadamente paulistas.  O piso foi implantado nas calçadas da cidade, no primeiro momento as avenidas passaram a ter o desenho geométrico do estado de São Paulo, e aos poucos os ladrilhos foram conquistando as calçadas das lojas e das casas. O desenho superou a condição de informação subliminar e passou a ser parte da paisagem urbana, tornando-se um ícone paulista.

CRIAÇÃO DE UMA IDENTIDADE
    A elaboração dessa proposta para os mobiliários urbanos teve como partido a releitura desse símbolo que marcou por décadas os passeios públicos. A desconstrução desse desenho gerou uma nova geometria, porém ainda mantendo dois aspectos importantes, que é possível reconhecer em todos os grupos, que são os 8 pontos de encontro das arestas e as linhas anguladas. Os desdobramentos das formas ocorrem em função da escala e do uso do mobiliário, porém todos têm a mesma linguagem, tanto pela materialidade como geometria.
    Para definição dos materiais foi pensado principalmente na resistência ao fogo e ao vandalismo. Como conceito foi utilizado materiais que representam a metrópole paulistana, como o concreto e o metal. Procurou-se trabalhar a geometria do grupo 2 e 3, a partir da dobra de um único material, com desenho em “fita” que começa e termina em um mesmo ponto, sem interrupção.
    Um novo uso foi atrelado a cada mobiliário, que se denominou de lanterna urbana. Além da função específica desempenhada por cada um, eles iluminam os passeios urbanos, tornando-os mais seguros a noite e passando a serem identificados nesse período com maior facilidade.

 

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